domingo, 6 de abril de 2014

Rodovia da Morte (BR 381) e Mantena - MG

Mantena - MG

quaint: 1. (adj) attractive because of being unusual and especially old-fashioned

Sábado pós carnaval, o país ainda no marasmo pós carnaval, resolvi chutar as cobertas e sair da cama (9am, o que já é ofensivamente cedo). Assim, exorcizei a preguiça com um banho e fui rever minha menina: reformada, com bateria nova... e carente.


Apesar da gripe e sinusite, imaginei ao menos uma esticada até Ibiraçu... são algumas dezenas de quilômetros e já dá para sentir gosto de estrada.


Uma vez lá, fiquei remoendo algo que aprendi de uma peça rara da internet. Uma tal de Rodovia da Morte, ou BR - 381. O Km 00 do lugar seria Mantena - MG... então... sem pensar demais, sem bagagem, apontei para o norte e enfrentei as estradas do interior. 260kms depois, cheguei em Mantena, MG, sem mais nem menos. 
A cidade é pequena, agradável e me lembra um pouco do meu passado. Senhoras lavando as ruas com mangueira, pracinha com igreja no centro e... numa experiência surreal, carro de som anunciando - e convidando -  pessoas para um enterro! Deve ser pela falta de jornal local... mas o certo é que eu era o único a estranhar o anúncio sendo repetido diversas vezes ao redor da praça enquanto casais passeavam, crianças brincavam etc. <Ouça você mesmo>



Meu MO, hoje em dia, é procurar um hotel barato. Perguntei para um local e pela internet. Ambos me responderam: "Ih, rapaz, hotel bom é difícil...". Depois de eu explicar que hotel bom é aquele que tem cama, banheiro e não custa mais de R$ 60,00 a diária, me apontaram para uma cama e descanso. Pois é... essa porcaria de gripe estava me cobrando um preço alto... parecia que eu tinha viajado mais de 1000 kms.  

E a tal Rodovia da Morte? O que leva alguém a escolher isso? Tendência suicida? Falta de respeito com as vítimas?

Honestamente, uma curiosidade aliada à vontade de conhecer as estradas deste Brasil. Das melhores às piores, estarei lá, desafiando o bom senso e Murphy, até onde der. Simples assim.


Não conheci o pessoal. Fizeram a gentileza de ir ao Hotel para checar se tudo estava bem, e agradeço por isso. Mas realmente apaguei devido à gripe. Tudo bem, fica para próxima. Tudo é desculpa para pegar uma estrada, de qualquer forma.

(se não fossem esses caras, jamais teria conhecido essa cidade e estrada fascinantes. Obrigado!)


"Veni, vidi, vici"

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Project: Wanda - parte 2

Então eu me encontrei na seguinte situação com a Intruder:

1) Motor fumando
2) Desempenho ok, mas poderia dar aquela melhorada.
3) Quem diabos pinta uma moto de vinho com purpurina? Sério...

Diante desses pontos, resolvi dar andamento ao projeto antes do planejado. Mas teria que ser um projeto completo. Eu não queria mais uma moto quebra-galhos, eu queria uma moto que me desse prazer ao conduzir.

Em primeiro lugar, o motor. Uma visita à Suzuki (é ótimo comprar veículos em produção) e saí de lá com uma lista de peças ORIGINAIS:

- Corrente de comando;
- Biela;
- Bomba de óleo;
- Rolamentos do comando;
- Juntas, retentores etc.


Os mais entendidos podem estar se perguntando: E o pistão?
Bem... esse é parte do segredo, junto com as macumbas feitas no cabeçote... alta performance, maior diâmetro.

Cilindrada alcançada: 160cc. A Wandinha teria algumas surpresas quando pronta.

Pintura: Em nome da dignidade, sumi com aquela coisa horrível. Apostei no preto fosco. O plano era acabar com o cromado excessivo (não gosto).

Acessórios: Sissy bar, comando avançado, manoplas, escapamento.

Com tudo em mãos, encostei a moto.

No final, acho que essa é a lista de mods presentes e futuros:
- 160cc;
- Embreagem reforçada (em andamento);
-Pintura;
-Freio dianteiro: pinça com 2 pistões e disco de maior diâmetro, perfurado;
-Comando avançado;
-Piscas de LED;
-Lanterna original (aquela coisa horrível) substituída por uma de LED, fumê;
-Manoplas Kuryakin pretas (em andamento, a paralela já está lá por enquanto);
-Mini ape.
-Coroa menor, para dar uma alongada.







Depois disso... testes:
A moto está em amaciamento, então não posso subir muito o giro. Mantive uma máxima de 5500 giros. Em 5a marcha, isso me deixou a uns 65-70kmh, (no velocímetro). Já rodei na cidade e subi a serra, sempre respeitando esses limites.

Realmente é outra moto. Não é uma esportiva nem uma 300cc, mas não tive problemas em manter a 5a marcha p subidas. Valeu a pena demais.

Tenho uma moto, agora, que me dá um grande prazer em pilotar. Afinal, o projeto de customização foi meu. Tenho dessas coisas. Gosto de customizar meus veículos e, com isso, me apego a eles.

Depois que completar o amaciamento coloco resultados e vídeos dela na estrada.

Thanks for reading.



Project: Wanda - parte 1

"All difficult things have their origin in that which is easy, and great things in that which is small."
Lao Tzu

Resolvi compartilhar a experiência que tive na construção da minha segunda motocicleta.

Após sofrer um acidente com a minha moto (nada grave, escrevo depois sobre isso), decidi adquirir um segundo veículo. Um que fosse barato, que pudesse me manter rodando quando precisasse. Depois de buscar vários modelos, resolvi que não queria nenhuma moto que não fosse mais fabricada, por já ter sofrido nessa de carro antigo. Cheguei à Intruder 125cc, da Suzuki.

É uma moto de motor pífio (para quem gosta de motor grande), mas eu achei o estilo simpático (comecei numa custom, afinal) e bem pequena. É barata e encontra-se boas opções de customização.

Como eu já planejava fuçar a moto toda (como sempre faço), não optei por uma 0km. Queria apenas uma moto com estrutura boa, o resto era secundário. E assim adquiri a Wanda, numa tarde de quarta-feira, em Vila Velha - ES:


Minha primeira providência, após a compra, foi levá-la na Suzuki, para uma revisão (e tirar o maldito bauleto... pode ser a coisa mais útil do mundo, mas não dá, foi mal). Foi trocada a caixa de direção, acertada a balança e mais uma série de coisas (não consigo achar a peste da nota).

Primeiro problema no diagnóstico que recebi: o motor está fumando. Bem... eu já ia mexer mesmo... então isso só adiantou meus planos. Mas antes, as impressões da moto:

É uma moto divertida de andar, esperta, não pesa absolutamente nada. Odiei a posição dos pedais (coisa de povo de custom... só gosto das pedaleiras avançadas), mas fora isso me adaptei rápido.

Faltava uma coisa: Consegue uma 125cc andar junto num passeio? Essa era minha dúvida, e fui logo tirar a prova, condensada em 5 minutos aqui:

Vídeo: Passeio no interio do ES, mosteiro Zen

Conclusão: Se você estiver entre amigos e eles aceitarem viajar entre 70-100 (levando em conta ladeiras, ventos), você vai para qualquer lugar. É valente a moto... Foi aprovada com louvor.

Mas ainda assim mantive meus planos de upgrades.

<continua...próximo post apenas sobre upgrades>